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Coleções

As coleções do Museu Municipal de Esposende são constituídas por Etnografia (rural, piscatória e agro-marítima) e Arte Contemporânea (pintura, escultura, fotografia) e são oriundas do território concelhio e da comunidade local. Servem o conceito de património cultural, cuja noção é o objeto (bem cultural) numa realidade material, que deve ser protegida, estudada e inventariada em função do seu valor para cada tempo e lugar, relativa a cada comunidade que produziu, sentiu, pensou, usou e recriou.
A Coleção de Etnografia representa universos marítimos, rurais e urbanos. Apresenta a materialidade da história, tradição e tecnologias tradicionais relacionadas com o mundo piscatório e agro-piscatório, pela proximidade do concelho ao mar, com 4 comunidades piscatórias ativas (Apúlia, Fonte Boa, Fão e Esposende), fortemente ligadas à construção naval, à pesca tradicional e à navegação transatlântica, mas também a agricultura tradicional, relacionada com o ciclo do pão e do vinho, silvicultura, linho e agro-pecuária. O universo urbano reflete as vilas históricas (Forjães, Fão e Apúlia), com as materialidades associadas ao artesanato e tecnologias, com destaque para os trajes de época.
A coleção de Arte Contemporânea reflete os autores locais, nas áreas de pintura, escultura, fotografia e tapeçaria, sendo proveniente de ofertas de Autor. Nesta coleção são destacados os costumes, tradições, monumentos, personagens e as paisagens concelhias.

As coleções materializam o acervo do museu, constituído pelos objetos, artefactos e espaços culturais com eles associados, que traduzem práticas, representações, expressões, conhecimentos, tecnologias, e que as comunidades reconhecem como parte da sua identidade coletiva. Transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades, proporcionando sentimentos de identidade e continuidade perante a diversidade cultural.

Para além dos bens móveis (coleções) o museu engloba no seu acervo o próprio imóvel do edifício museu, o Teatro-Club de Esposende (projeto Miguel Ventura Terra, 1911), ele próprio considerado uma peça arquitetónica de grande valor cultural e urbanístico, local e nacional.


 

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