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Ciclo de conferências prolonga comemorações dos 450 anos do concelho de Esposende

17 Set


Esposende acolheu a primeira de oito conferências, organizadas no âmbito das comemorações dos 450 anos de elevação a Vila e criação do concelho de Esposende. Até julho de 2023 realizam-se mais sete conferências, abordando diversos aspetos da História de Esposende.
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, “as comemorações pretendem honrar o legado do concelho criado por D. Sebastião e todos os que ajudaram a construir o concelho”. Destacando o trabalho desenvolvido por diversas pessoas na organização das comemorações, Benjamim Pereira destaca os que “têm contribuído para o melhor e mais profundo conhecimento da História local”.
Já o comissário para as comemorações, Albino Penteado Neiva apontou o facto de o ciclo de conferências arrancar com a presença de um estudioso de D. Sebastião que se fez acompanhar de algumas peças raras “que são expostas ao público pela primeira vez”.
São estudos aturados e investigações que exigiriam “viver mais 300 anos, para poder ler todos os documentos em que há referências a D. Sebastião e que fazem parte da sua biblioteca e arquivo”. Mas Rainer Daehnhardt detém um acervo que é uma viagem pela vida de D. Sebastião, desde logo com o elmo que acompanhou o jovem rei na batalha de Alcácer-Quibir.
“Este elmo, em aço temperado, pesa mais de cinco quilos. Após análise cuidada, foram identificadas 89 ‘feridas’, provocadas por armas brancas. Estão todas na parte frontal do elmo, porque D. Sebastião nunca virou a cara ao inimigo”, afirma Rainer Daehnhardt.
O investigador Rainer Daehnhardt abordou o tema “Armas e Armaduras de D. Sebastião” e, segundo este especialista no "estudo da evolução do Homem através da arma e sua utilização", D. Sebastião não morreu a 4 de agosto de 1578, na batalha de Alcácer-Quibir. “Viveu até 1630 e tal, provavelmente até 1640 e tal”.
Entre o ideal de criar um Quinto Império “espiritual” e teorias da conspiração que rodearam a sua participação na fatídica batalha, Rainer Daehnhardt garante que, depois desta, D. Sebastião “esteve na Abissínia e depois na Pérsia, onde combateu e procurou ajudar os reinos cristãos”. Por isso, D. Sebastião “nem morreu em Alcácer-Quibir, nem está enterrado nos Jerónimos”, garante. Rainer cita o padre António Vieira que usou os seus textos e sermões para “apregoar” a necessidade desse Quinto Império.
Desde 1972 na presidência da Sociedade Portuguesa de Armas Antigas, Rainer Daehnhardt foi Comissário/Curador da Exposição patente na Torre de Belém, integrada na XVII Exposição de Arte, Ciência e Cultura - Os Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento.
As conferências prosseguem a 21 de outubro, com Franquelim Neiva Soares e com Aurélio Oliveira, a 18 de novembro. Em janeiro são retomadas as conferências, com António Maranhão Peixoto, no dia 27. Viriato Capela é o conferencista do dia 24 de fevereiro e Manuel Maria Costa, no dia 24 de março. José Eduardo Felgueiras proferirá uma conferência no dia 26 de maio e Álvaro Campelo encerra o ciclo, no dia 21 de julho de 2023.

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