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Exposição “Patrimónios Emersos – Do Local ao Global” reabre no Forte de S. João Baptista

12 Abr

A exposição "Patrimónios Emersos e Submersos - Do Local ao Global” reabriu hoje ao público, no Forte de S. João Baptista, em Esposende, ficando patente durante os próximos meses.

O Município associa-se, assim, à temática do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se comemora a 18 de abril, "Património e Clima". Este ano, o propósito é perspetivar as grandes causas da sustentabilidade e da economia circular do ponto de vista do Património Cultural, o qual tem vindo a sofrer os efeitos do aquecimento global, da alteração de ecossistemas envolventes ou de exposição à subida das águas.

No ano em que se assinalam os 450 anos da elevação de Esposende a vila, concedida pelo rei D. Sebastião, esta exposição promove e valoriza o Património Cultural subaquático e costeiro, centrando-se no Naufrágio Quinhentista de Belinho, secularmente contemporâneo da Carta Régia de 1572. Numa programação conjunta para a promoção do Turismo Militar, pode ser (re)visitada no Forte de S. João Baptista, um ícone da paisagem cultural que povoa o imaginário de várias gerações o qual, depois de cumprir a sua função militar na defesa do porto e barra de Esposende, continua a prestar serviços à navegação e à comunidade.

Partindo da descoberta ocasional, o naufrágio Quinhentista de Belinho é um dos diversos exemplos de como as alterações climáticas são, por um lado elementos destrutivos, mas, por outro, um dos fatores que concorre para a descoberta de sítios arqueológicos inéditos na costa de Esposende.

Durante muitos séculos a água foi um dos mais importantes meios de transporte, de pessoas e bens, uma “estrada” sem obstáculos, mas com muitos perigos. O naufrágio Quinhentista de Belinho será disso exemplo, sendo que o elenco de investigadores, composto por portugueses e estrangeiros, com reconhecimento internacional nas respetivas áreas de trabalho, continua a trabalhar no sentido de clarificar um conjunto de questões relacionadas com este achado. Tão distinta como complementar, a investigação deste importante naufrágio agrega trabalhos de áreas como a Arqueologia e a Construção Naval em madeira, a Dendrocronologia e o Arquivo, entre outras.

Todos os cidadãos terão a oportunidade de “mergulhar” numa história e num projeto emblemático, resultante do empenho de voluntários e da partilha de conhecimento que agregou desde os achadores a investigadores.

Esta ação contribui para as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente “Educação de qualidade” e “Cidades e comunidades sustentáveis”, com a valorização da diversidade cultural e a contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável, bem como a consolidação dos esforços para proteger e salvaguardar o património cultural.

A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, com entrada gratuita. Para mais informações poderá contactar através do e-mail arqueologia@cm-esposende.pt ou do telefone 253 960 179.

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