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Município avança com projeto Desfibrilhação Automática Externa

26 Ago

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O Município de Esposende apresentou o Programa municipal de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) que, após a formação de 53 operacionais, vai colocar seis aparelhos em edifícios municipais e no veículo da Proteção Civil Municipal.
Implementar um Programa de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE) é assumir um compromisso para salvar vidas. Aumenta a probabilidade de sobrevivência e salvaguarda a qualidade de vida das pessoas que possam sofrer uma paragem cardiorrespiratória. Por isso, o Município de Esposende desencadeou um programa que passa pela preparação de operacionais (trabalhadores dos locais onde está situado um desfibrilhador) e procedeu à instalação de aparelhos no edifício dos Paços do Concelho, no Centro Interpretativo de S. Lourenço, na Casa da Juventude, nos estádios do Marinhas e de Esposende e na viatura da Proteção Civil.
A desfibrilhação precoce enquanto objetivo é difícil de atingir, se efetuada apenas por médicos, já que a PCR (Paragem cardiorrespiratória) ocorre, na maioria das vezes, em ambiente pré-hospitalar. Face a esta realidade, foi instituída e/ou regulamentada, em muitos países, a desfibrilhação por não médicos.

Durante o ato de entrega dos aparelhos foram exemplificadas situações concretas, com transmissão dos procedimentos a adotar.
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, “a formação é a parte essencial deste projeto”, depositando esperanças em que a formação seja alargada, num futuro próximo, às escolas.
Reconhecendo que o concelho “está muito bem servido em termos de socorro a vítimas”, Benjamim Pereira disse que a escolha de locais onde existe grande concentração de pessoas e onde se realiza a prática desportiva estiveram na base da definição da distribuição dos aparelhos.
A morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação. Os dados são animadores, com uma taxa de sucesso de 76%.
A experiência internacional demonstra que em ambiente extra-hospitalar, a utilização de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas.
No entanto, só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência eficiente permite tornar a Desfibrilhação Automática Externa (DAE) um meio eficaz para a melhoria da sobrevida após paragem cardiorrespiratória (PCR) de origem cardíaca.