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Património em debate no Fórum da Educação de Esposende

27 Mai

“Esposende é um Município que acarinha a Educação, por ser motor de desenvolvimento individual e coletivo. Este Fórum da Educação reúne todos os agentes que intervêm no processo educativo, promovendo uma reflexão em torno da Educação e do Património”, afirmou a vereadora com o pelouro da Educação no Município de Esposende, Angélica Cruz, na cerimónia de abertura do fórum.

Este evento, que o Município de Esposende promove desde 2005, decorre até ao dia 3 de junho e pretende reunir contributos sobre “Educação e Património”. Na sessão de abertura, o Delegado de Educação Regional do Norte, José Mesquita, destacou a pertinência da temática escolhida para o fórum, alertando para a mudança em curso “no paradigma em relação à escola que queremos”. “É necessário desformatar a escola exclusiva do conhecimento para que passe a ser de competências, atender a aspetos tão fulcrais como a inclusão, o trabalho em rede, a flexibilização e ter em consideração a Escola a Tempo Inteiro”.
Na cerimónia de abertura Helena Pinto, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, alertou para a influência que o património incute na interculturalidade e no conhecimento do outro, lembrando a importância do passado na complementaridade da educação.
João Terras, historiador de arte, apresentou o projeto desenvolvido junto de alunos do primeiro ciclo de Esposende que, a partir de obras de arte, desenvolveram réplicas em argila, uma vez que este material confere toda a elasticidade, conseguindo, através desta estratégia, uma abordagem cultural do passado.
As atividades associadas ao Fórum da Educação”, prosseguem na segunda-feira, dia 28 de maio. Assim, na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, pelas 21H30, realiza-se a tertúlia “O património dos afetos num tempo sem tempo”, com a participação de Teresa Freire, da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e a moderação de Cristina Nogueira, Presidente da Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação do Concelho de Esposende. Na atual sociedade de consumo, a vida não pode ser apenas trabalho e luta. É necessário reservar espaço e tempo para os afetos. Esse “património” tem de ser preservado e, como alguém disse, “ser professor é uma profissão de afetos”.
Esta mobilização da sociedade civil em torno da defesa e salvaguarda da educação e do património tem, cada vez mais, que envolver as escolas, as crianças e os jovens, projetando a construção de uma consciência coletiva esclarecida.