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Município de Esposende promoveu visita virtual à obra do Canal Intercetor

04 Julho 2020

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Encontra-se em adiantado estado de execução, o projeto do Município de Esposende, para a construção de um Canal Intercetor e de Desvio da Área Urbana de Esposende. Após um moroso processo de negociação com os proprietários das mais de 200 parcelas de terreno, a obra avança a bom ritmo e deverá estar concluída até ao final do ano.
Depois de o Ministério do Ambiente ter classificado a cidade de Esposende como zona crítica, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente, o Município de Esposende desenvolveu o projeto que mereceu o aval de financiamento, por parte do Fundo de Coesão, ao abrigo do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).
“Este é um dos projetos com maior envergadura financeira alguma vez conseguidos para Esposende. Aos três milhões de euros que custa a obra, com 85% de comparticipação, acrescentam-se dois milhões de euros, em aquisição de terrenos”, diz Benjamim Pereira, adiantando que o Município de Esposende “está empenhado numa reprogramação financeira da obra, com vista a reduzir o elevado investimento efetuado”,
Com quatro quilómetros e meio, o canal apresenta dois pontos de descarga - um a norte, em Cepães, e outro a sul da cidade, a jusante da ponte D. Luís Filipe – tendo como principal função a prevenção de inundações na cidade que têm colocado em risco a população e causado elevados danos no património público e privado.
A obra em questão carateriza-se pelo elevado grau de dificuldade, com oito travessias de estradas nacionais e municipais e a construção de duas bacias de retenção, junto à Solidal e na Redonda.
“Na memória da população pairam, ainda, as imagens das cheias de outubro de 2013, responsáveis por avultados prejuízos. Algo tinha de ser feito, no sentido de nos protegermos de eventuais fenómenos naturais futuros.
Depositamos grandes esperanças no contributo que o canal dará para a minimização dos problemas de drenagem que afetam Esposende”, acrescenta Benjamim Pereira.
Só devido à autonomia financeira patenteada pelo Município de Esposende, foi possível solicitar ao Ministério do Ambiente a responsabilidade de um projeto com a magnitude do Canal Intercetor de Águas Pluviais de Esposende.
A Câmara Municipal desenvolveu todo o projeto em tempo recorde, efetuou o levantamento cadastral e topográfico e recuperou o projeto da variante à cidade que não passava de uma ideia sucessivamente adiada, mas que estava previsto desde a aprovação do primeiro PDM, em 1994.
Este canal intercetor carateriza-se pela adoção das melhores técnicas de engenharia natural, recorrendo a materiais naturais e de espécies vegetais autóctones, adequadas aos habitats que se pretendem restaurar.
Durante os dois anos subsequentes à conclusão da obra, a empresa construtora fará a manutenção e controlo da vegetação.
“Esta obra terá grande impacto na proteção da zona urbana de Esposende, protegendo-a das cheias, mas também contribuirá para um novo desenho na ocupação dos solos, com nova imagem urbana, criando um anel verde em torno da cidade”, sustenta o presidente da Câmara Municipal de Esposende.
Paralelo ao canal, estende-se um percurso que completará um circuito de visitação e prática desportiva que interlaçará com a ecovia do litoral norte e o futuro Parque da cidade, o que já se vai verificando.
O início da construção do canal intercetor de proteção e gestão de riscos, cheias e inundações da cidade de Esposende foi assinalado a 27 de julho de 2019, pelo Ministro do Ambiente e da Transição Energética, Pedro Matos Fernandes, estando prevista a sua conclusão até ao final do ano.