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Esposende selecionado para validar modelo nacional de saúde digital para acompanhamento de grupos de risco

23 Abril 2020

 

Face ao contexto de pandemia provocado pela Covid-19, o Município de Esposende vai avançar com um projeto digital pioneiro na área da Saúde, que terá como principal foco doentes crónicos e grupos de risco.

Ciente de que situações excecionais exigem respostas diferenciadoras, a Câmara Municipal candidatou ao Fundo da Fundação Gulbenkian um projeto para a criação de uma Via Verde colaborativa para minimização de riscos em grupos vulneráveis e de risco em tempo de pandemia por Covid-19. Esta plataforma pressupõe a monitorização e mapeamento de necessidades no acompanhamento de doentes crónicos, apoio de saúde e social a grupos de risco e articulação municipal.

O Fundo da Fundação Gulbenkian destina-se a financiar a implementação de Soluções Digitais no âmbito da atual pandemia pelo novo coronavírus, nomeadamente no que concerne ao desenvolvimento de plataformas eletrónicas ou app’s para a promoção da saúde pública e da mitigação dos seus efeitos. Estas soluções terão como objetivos disseminar mensagens de saúde pública e informação fidedigna associada à pandemia; promover cuidados de saúde remotos; promover a boa gestão da sintomatologia e da própria doença; e mobilizar recursos e redes de apoio e outras necessidades.

No contexto dos 308 municípios do país, Esposende é o único que integra a lista de selecionados, posicionando-se num patamar vanguardista e de assinalável responsabilidade, na medida em que se propõe assegurar respostas mais rápidas e eficazes, nomeadamente no que concerne ao acompanhamento de doentes crónicos, especialmente para aqueles cujos tratamentos transitaram para domicílio. Prevê também o auxílio integrado para pessoas mais vulneráveis (infetados, doentes em situação de urgência por outras causas, grávidas e seus cuidadores); a disponibilização da rede de apoio social aos cidadãos (alimentação, medicação e outros bens essenciais); a gestão logística e emocional; e a antecipação da limitação e eventual falta de recursos municipais.

Para a implementação deste projeto, o Município terá como parceiros o ACES Cávado III, o Centro Hospitalar São João, o IPO Porto, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o I3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, a Plataforma Saúde em Diálogo, o Laboratório de Criação para a Literacia em Saúde, bem como as empresas INESC TEC e BRIGHT.

No contexto das competências das autarquias locais na área da Saúde, o Município de Esposende tem, desde há vários anos, respondido às necessidades na área da Literacia em Saúde, a partir de uma estratégia de envolvimento do cidadão. Este projeto colaborativo estabelece uma estratégia de articulação rápida entre os diversos parceiros locais para responder às necessidades do cidadão durante a pandemia, privilegiando-se o seu direto envolvimento e participação. A sua materialização enquadra-se nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, refletidos para o programa de ação do Município.