Município de Esposende e UMinho parceiros na área da investigação e tecnologia marinhas
19 Março 2015
A Câmara Municipal de Esposende e a Universidade do Minho formalizaram, hoje, um Protocolo de Cooperação, com vista à instalação, no concelho de Esposende, de duas unidades dedicadas à investigação e tecnologia marinhas.
A Câmara Municipal de Esposende e a Universidade do Minho formalizaram, hoje, um Protocolo de Cooperação, com vista à instalação, no concelho de Esposende, de duas unidades dedicadas à investigação e tecnologia marinhas. Trata-se do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha (IMCTM), a instalar nos terrenos da antiga Estação Rádio Naval de Apúlia, e do Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas (CDCAM), que ficará sediado no Forte de S. João Baptista.
O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, considerou esta parceria “extremamente importante para o Município”, na medida em que possibilitará a reabilitação de dois imóveis que se encontram em estado de abandono e degradação, mas, sobretudo, porque possibilitará a implementação de dois projetos da maior relevância no campo das atividades marinhas.
Benjamim Pereira explicou que a intenção do Município sempre foi manter estes edifícios ao serviço público, razão pela qual só agora irá efetivar as negociações com a Administração Central, com vista à sua aquisição e/ou cedência, sendo certo que tem já em mãos uma proposta concreta. Referiu que o Município avaliou diversas possibilidades de parceria, nomeadamente propostas de privados, tendo optado por firmar cooperação com a Universidade do Minho, considerando ser “o parceiro ideal”.
Sobre o Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, a instalar no Forte de S. João Baptista, o Autarca esclareceu que a intenção é agregar outros parceiros, como é o caso do Forum Esposendense, com quem o Município mantém colaboração noutros projetos, do Parque Natural do Litoral Norte e da Universidade do Porto.
O Autarca mostrou-se otimista e convicto de que a médio/longo prazo Esposende colherá os benefícios da implantação destas duas unidades dedicadas à investigação e tecnologia marinhas.
O Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, saudou a parceria com o Município de Esposende, considerando “muito importante e muito gratificante”, tanto mais que se enquadra no Programa Europa 2020, e realçou a importância de ambos os projetos. Regozijou-se com a revitalização de um “edifício singular, localizado num sítio muito particular”, o Forte de S. João Baptista, para acolher o Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, equipamento que “terá um papel relevante na divulgação da ciência ligada ao mar e às questões científicas ligadas a Esposende, onde pontifica o valioso património da costa marítima”.
Sobre o Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, que irá nascer na antiga Estação Rádio Naval de Apúlia, António Cunha considerou-o “um projeto ambicioso”, que exigirá concentração de esforços e o apoio do poder político e de vários parceiros. “Queremos trazer a este projeto vários parceiros internacionais”, afirmou.
Terminou a intervenção, manifestando “total empenho” da Universidade do Minho na parceria e agradeceu à Câmara Municipal a confiança depositada na instituição.
O Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha traduzir-se-á numa infraestrutura de investigação, desenvolvimento e inovação, que promoverá investigação básica e aplicada com um forte enfoque na criação, proteção e valorização de conhecimento em diversas áreas científicas que se enquadram no domínio da ciência e tecnologias marinhas. O IMCTM desenvolverá, assim, atividades ao nível da monitorização e erosão costeira, da biotecnologia marinha, da valorização de Recursos e Subprodutos de origem marinha e da utilização de recursos de origem marinha para aplicações biomédicas nomeadamente em engenharia de tecidos e medicina regenerativa, cosmética, nutracêutica e farmacêutica. No seu âmbito de atividade enquadra-se também a biologia, biodiversidade, genética e ecologia marinha, a exploração sustentável de recursos marinhos e proteção de recursos selvagens ameaçados ou em extinção, a segurança alimentar de alimentos de origem marinha e novas aplicações na indústria alimentar de materiais marinhos, os modelos animais de origem marinha para estudar compostos para aplicações biomédicas e farmacêuticas, a economia do mar e o direito do mar. Para a operacionalização deste Instituto, a Câmara Municipal cederá as antigas instalações da Estação Rádio Naval à Universidade do Minho por 30 anos.
O Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, cuja gestão será assumida pela Autarquia, com o apoio científico da Universidade, irá divulgar atividades de ciência e tecnologia marinha, atividades ligadas à arqueologia e história naval, atividades pesqueiras, entre outras.
Com a instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha e do Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas pretende-se potenciar o empreendedorismo de base tecnológica e a ligação a empresas, nacionais e internacionais, criar um número substancial de empregos qualificados de base tecnológica, assim como criar sinergias e promover cooperações entre as instituições proponentes de modo a potenciar o uso das estratégias desenvolvidas em diversas aplicações. Estes projetos visam também impulsionar o desenvolvimento de uma nova geração de investigadores multidisciplinares e fortalecer a capacidade de atrair financiamento competitivo, a nível nacional e internacional, através de uma política de colaboração ativa interinstitucional envolvendo diferentes instituições de investigação e agências de financiamento. São ainda objetivos destes projetos fornecer formação avançada e cursos de pós-graduação voltados para as áreas da Ciência e Tecnologia Marinhas e de divulgação científica, reforçar o impacto das instituições supra citadas na sociedade, consolidando-as como um núcleo de apoio ao desenvolvimento de uma política nacional para a investigação científica, empreendedorismo de base tecnológica e emprego baseado no conhecimento, em diversas das áreas, estabelecer colaborações com outras entidades nacionais, nomeadamente com Instituto Hidrográfico de forma a potenciar a investigação na área da monitorização e erosão costeira, e, ainda, promover a divulgação científica nas áreas de atuação do Centro a instalar no Forte de S. João Baptista.
Através desta parceria, o Município e a Universidade do Minho comprometem-se a uma intensa colaboração para concretizar estes projetos, nomeadamente no planeamento, na obtenção de condições físicas e financeiras e na sua implementação. Deste modo, trabalharão em conjunto para obter com as entidades responsáveis, nomeadamente o Ministério da Defesa Nacional, os terrenos e imóveis, ou o direito à sua utilização por um alargado período de tempo, sendo que a Câmara Municipal assumirá os custos respetivos relativos à compra ou arrendamento.
É intenção concorrer ao Programa Portugal 2020 da Região Norte e/ou outros programas para financiar a instalação destas infraestruturas, bem como o respetivo mobiliário, equipamento científico e de divulgação. Caberá à Universidade do Minho procurar fontes de financiamento para suportar os salários e bolsas de investigadores que exercerão atividade no Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, bem como todos os respetivos custos de funcionamento. A Universidade compromete-se, também, a instalar no Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha a sede do Centro Multipolar de Valorização de Recursos Marinhos, que corresponde atualmente a uma rede de 16 Grupos de Investigação de 4 países diferentes.
O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, considerou esta parceria “extremamente importante para o Município”, na medida em que possibilitará a reabilitação de dois imóveis que se encontram em estado de abandono e degradação, mas, sobretudo, porque possibilitará a implementação de dois projetos da maior relevância no campo das atividades marinhas.
Benjamim Pereira explicou que a intenção do Município sempre foi manter estes edifícios ao serviço público, razão pela qual só agora irá efetivar as negociações com a Administração Central, com vista à sua aquisição e/ou cedência, sendo certo que tem já em mãos uma proposta concreta. Referiu que o Município avaliou diversas possibilidades de parceria, nomeadamente propostas de privados, tendo optado por firmar cooperação com a Universidade do Minho, considerando ser “o parceiro ideal”.
Sobre o Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, a instalar no Forte de S. João Baptista, o Autarca esclareceu que a intenção é agregar outros parceiros, como é o caso do Forum Esposendense, com quem o Município mantém colaboração noutros projetos, do Parque Natural do Litoral Norte e da Universidade do Porto.
O Autarca mostrou-se otimista e convicto de que a médio/longo prazo Esposende colherá os benefícios da implantação destas duas unidades dedicadas à investigação e tecnologia marinhas.
O Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, saudou a parceria com o Município de Esposende, considerando “muito importante e muito gratificante”, tanto mais que se enquadra no Programa Europa 2020, e realçou a importância de ambos os projetos. Regozijou-se com a revitalização de um “edifício singular, localizado num sítio muito particular”, o Forte de S. João Baptista, para acolher o Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, equipamento que “terá um papel relevante na divulgação da ciência ligada ao mar e às questões científicas ligadas a Esposende, onde pontifica o valioso património da costa marítima”.
Sobre o Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, que irá nascer na antiga Estação Rádio Naval de Apúlia, António Cunha considerou-o “um projeto ambicioso”, que exigirá concentração de esforços e o apoio do poder político e de vários parceiros. “Queremos trazer a este projeto vários parceiros internacionais”, afirmou.
Terminou a intervenção, manifestando “total empenho” da Universidade do Minho na parceria e agradeceu à Câmara Municipal a confiança depositada na instituição.
O Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha traduzir-se-á numa infraestrutura de investigação, desenvolvimento e inovação, que promoverá investigação básica e aplicada com um forte enfoque na criação, proteção e valorização de conhecimento em diversas áreas científicas que se enquadram no domínio da ciência e tecnologias marinhas. O IMCTM desenvolverá, assim, atividades ao nível da monitorização e erosão costeira, da biotecnologia marinha, da valorização de Recursos e Subprodutos de origem marinha e da utilização de recursos de origem marinha para aplicações biomédicas nomeadamente em engenharia de tecidos e medicina regenerativa, cosmética, nutracêutica e farmacêutica. No seu âmbito de atividade enquadra-se também a biologia, biodiversidade, genética e ecologia marinha, a exploração sustentável de recursos marinhos e proteção de recursos selvagens ameaçados ou em extinção, a segurança alimentar de alimentos de origem marinha e novas aplicações na indústria alimentar de materiais marinhos, os modelos animais de origem marinha para estudar compostos para aplicações biomédicas e farmacêuticas, a economia do mar e o direito do mar. Para a operacionalização deste Instituto, a Câmara Municipal cederá as antigas instalações da Estação Rádio Naval à Universidade do Minho por 30 anos.
O Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas, cuja gestão será assumida pela Autarquia, com o apoio científico da Universidade, irá divulgar atividades de ciência e tecnologia marinha, atividades ligadas à arqueologia e história naval, atividades pesqueiras, entre outras.
Com a instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha e do Centro de Divulgação Científica de Atividades Marinhas pretende-se potenciar o empreendedorismo de base tecnológica e a ligação a empresas, nacionais e internacionais, criar um número substancial de empregos qualificados de base tecnológica, assim como criar sinergias e promover cooperações entre as instituições proponentes de modo a potenciar o uso das estratégias desenvolvidas em diversas aplicações. Estes projetos visam também impulsionar o desenvolvimento de uma nova geração de investigadores multidisciplinares e fortalecer a capacidade de atrair financiamento competitivo, a nível nacional e internacional, através de uma política de colaboração ativa interinstitucional envolvendo diferentes instituições de investigação e agências de financiamento. São ainda objetivos destes projetos fornecer formação avançada e cursos de pós-graduação voltados para as áreas da Ciência e Tecnologia Marinhas e de divulgação científica, reforçar o impacto das instituições supra citadas na sociedade, consolidando-as como um núcleo de apoio ao desenvolvimento de uma política nacional para a investigação científica, empreendedorismo de base tecnológica e emprego baseado no conhecimento, em diversas das áreas, estabelecer colaborações com outras entidades nacionais, nomeadamente com Instituto Hidrográfico de forma a potenciar a investigação na área da monitorização e erosão costeira, e, ainda, promover a divulgação científica nas áreas de atuação do Centro a instalar no Forte de S. João Baptista.
Através desta parceria, o Município e a Universidade do Minho comprometem-se a uma intensa colaboração para concretizar estes projetos, nomeadamente no planeamento, na obtenção de condições físicas e financeiras e na sua implementação. Deste modo, trabalharão em conjunto para obter com as entidades responsáveis, nomeadamente o Ministério da Defesa Nacional, os terrenos e imóveis, ou o direito à sua utilização por um alargado período de tempo, sendo que a Câmara Municipal assumirá os custos respetivos relativos à compra ou arrendamento.
É intenção concorrer ao Programa Portugal 2020 da Região Norte e/ou outros programas para financiar a instalação destas infraestruturas, bem como o respetivo mobiliário, equipamento científico e de divulgação. Caberá à Universidade do Minho procurar fontes de financiamento para suportar os salários e bolsas de investigadores que exercerão atividade no Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, bem como todos os respetivos custos de funcionamento. A Universidade compromete-se, também, a instalar no Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha a sede do Centro Multipolar de Valorização de Recursos Marinhos, que corresponde atualmente a uma rede de 16 Grupos de Investigação de 4 países diferentes.