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Projeto de combate ao insucesso escolar abrangeu mais de quatro mil alunos

19 Julho 2021

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Com a apresentação dos excelentes resultados obtidos, realizou-se hoje, 19 de julho, no Auditório Municipal de Esposende, a sessão de encerramento do Projeto Rumo ao Sucesso, inserido no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar do Cávado (PIICIE) da CIM Cávado. Estiveram envolvidos cerca de quatro mil alunos, desde a Educação Pré-Escolar ao Ensino Básico e Secundário, num projeto que teve como elemento central a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, contribuindo para uma maior equidade da educação.

“Sou defensor do mérito, mas, no processo educativo, não pode ficar ninguém para trás. Por isso, o projeto Rumo ao Sucesso dirigiu-se a essa franja de crianças mais frágeis. Os bons resultados alcançados resultaram do excelente trabalho em rede, envolvendo o Município de Esposende, os Agrupamentos de escolas Correia de Oliveira e Rodrigues Sampaio e a Escola Secundária Henrique Medina”, vincou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, defendendo o enquadramento de projetos desta matriz no próximo Quadro Comunitário de Apoio.

“Não podem os municípios ficar sobrecarregados com competências da administração central. Tem de haver um esforço coletivo”, defendeu Benjamim

Pereira, aludindo ao facto de o Plano de Recuperação e Resiliência apenas contemplar grandes projetos nacionais.

Ricardo Rio, presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Cávado, destacou o “esforço recompensado pelos resultados alcançados” e que muito contribuem para esbater as elevadas taxas de retenção que, no início da implementação deste Projeto, assumiam valores elevados no âmbito da CIM do Cávado.

Sobre a continuidade do projeto, indefinição que preocupa a comunidade escolar e os responsáveis políticos, Ricardo Rio garantiu que, “caso não seja alvo de financiamento, poderão sempre os municípios garantir a sua concretização”, apontando o Quadro Comunitário 2030 como referência para a criação de um novo programa desta natureza.

Angélica Cruz, Vereadora da Educação, destacou a “evidência dos resultados alcançados, após uma execução que superou as expectativas. Tínhamos a meta de envolver 2547 alunos e alcançamos 4174. Chegamos a 565 famílias, com as quais realizamos 896 sessões parentais”.

Assim, Angélica Cruz sintetiza o alcance do projeto na “convergência” dos diversos agentes para criar sinergias, na “ação” que decorreu da capacidade de adaptação às circunstâncias e aos contextos escolares e na “complementaridade” conseguida através de novos recursos humanos e materiais que permitiu “construir” melhores níveis de motivação e de autoconfiança dos alunos.

Na avaliação de impacto do projeto, António Baptista, consultor científico do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar da (CIM Cávado), vincou a responsabilidade que há em não deixar cair a interação, definindo o projeto de combate ao insucesso escolar como “dimensionado para alunos que necessitam de ajuda” e sustentou o sucesso do projeto na melhoria significativa da prestação letiva dos alunos.

Em representação das direções das unidades orgânicas, Manuela Ferreira, da Direção da Escola Secundária Henrique Medina, lembrou que, decorrente deste projeto, “temos melhores alunos, não só do ponto de vista académico, mas sobretudo humano, comportamental, social e emocional”. Já Manuel Meira, diretor do Agrupamento de Escolas António Correia de Oliveira, apontou o projeto como meio “enriquecedor das comunidades escolares e das experiências dos alunos”. Paula Cepa, diretora do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio, afirmou que o projeto foi “um sucesso pleno, devido ao envolvimento de toda a comunidade”.

Sofia Freitas, psicóloga que colaborou na implementação do projeto, apresentou o Manual de Boas Práticas que fez uma breve retrospetiva do processo de montagem técnico-institucional do Projeto, e da metodologia de intervenção diferenciadora e aglutinadora dos diversos recursos afetos ao mesmo.

Sandra Macedo, consultora pedagógica do Projeto, recordou a complexidade do contexto em que decorreram os dois últimos anos de aplicação do projeto “e apesar disso, chegou a todos, com muito sucesso e em perfeita sintonia com os normativos legais no âmbito da flexibilidade e da autonomia curricular.

Paula Santos, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, lembrou que ainda “há muito a fazer para continuar a melhoria da aprendizagem das crianças”, tal como José Maria Azevedo, em representação da mesma Autoridade de Gestão do Programa Operacional Norte 2020, que defendeu “condições para que não haja descontinuidade” do projeto.

Rafael Amorim, da Comunidade Intermunicipal do Cávado, lembrou que “melhor que os resultados é que as crianças sejam felizes e as famílias estejam bem. Para isso, é fundamental que este projeto prossiga”.

Esta postura enquadra-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.