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Esclarecimento | A propósito da intervenção da Associação Cidadãos de Esposende relativa ao COVID 19

PlaneamentoPresidentePromoção de SaúdeSaude
12 Março 2020

 

No âmbito da conjuntura atual no que se refere ao COVID-19 (SARS-CoV-2), e tendo presente a dinâmica da evolução epidemiológica, constata-se, em certas áreas geográficas do Norte do país, um cenário complexo e eventualmente de rápida evolução da infeção, situação que aconselha a que algumas medidas sejam implementadas atento o princípio da precaução, e sem prejuízo do princípio da proporcionalidade.
O Município de Esposende, em plena articulação com a Direção Geral de Saúde e da Unidade de Saúde Pública do ACES Cávado III Barcelos/Esposende elaborou, em devido tempo e com as suas orientações, um Plano de Contingência onde se determina a adoção de um conjunto de medidas preventivas, que vigoram desde o passado dia 02 de março. Entretanto, e por força dos desenvolvimentos havidos, foram emanadas novas orientações, conforme despachos 02/março/2020 e 03/março/2020, este último em aditamento ao primeiro.
Desde o primeiro momento que olhamos para este problema com a seriedade e responsabilidade que o mesmo obriga, com um único propósito, o bem-estar da nossa população. Uma seriedade e serenidade que se exige a todos, sem exceção. Apoiados pelas entidades e técnicos com competência em matéria de Saúde Pública estamos certos que salvaguardaremos o bem-estar de toda a população do nosso Concelho.
Lamentamos que essa não seja a postura da Associação Cidadãos de Esposende.
Tornou público esta associação, no passado dia 10 de Março, e passamos a citar “lamentamos que tenha de ser uma associação sem fins lucrativos a acautelar os interesses dos Esposendenses” dizendo ainda, passamos a citar “passado 4 h do nosso comunicado, a Câmara apresenta na sua página institucional uma medida sobre restrições na biblioteca municipal, um folheto informativo e dois cartazes da DGS”, “passado 48 h e depois da pressão, surge um plano de contingência, de acordo com as recomendações da DGS”, fim de citação. O que se lamenta é que estas afirmações tenham sido propositadamente apagadas pela associação para não estarem sujeitas ao escrutínio da população de Esposende.

É de fato incrível a desfaçatez dos responsáveis desta associação e muito mal estaríamos se cedêssemos a pressões irresponsáveis e alarmistas, que apenas promovem a insegurança e o pânico, sem se preocuparem de verdade com os cidadãos.
Quando o assunto estava e está a ser tratado de forma responsável pelo Município, em total articulação com as entidades responsáveis pela gestão da saúde em Portugal e da nossa área territorial, envolvendo o Delegado de Saúde, o Presidente da Câmara, enquanto responsável máximo pela proteção civil do concelho, os membros do Executivo e técnicos das diferentes áreas municipais, definindo-se o Plano de Contingência que melhor assegure a proteção da população de Esposende, com seriedade e responsabilidade, eis que surge esta Associação, a protagonizar o triste espetáculo a que todos assistimos.
A atitude desta associação, num tema tão sensível, reflete uma irresponsabilidade flagrante, que expos definitivamente ao que vem. Senão vejamos:
Se aquando da sua criação, ficamos expectantes acerca das suas reais motivações, rapidamente percebemos que o que motiva a ação desta associação é apenas a crítica, fundamentada em problemas que por vezes não existem ou cuja resolução não depende do Município de Esposende, assentes numa agenda política de pessoas desconhecidas da sociedade e comunidade Esposendenses.
São inúmeros os momentos mediáticos criados por esta Associação, sem que se vislumbre um único, que realmente cumpra o seu propósito de enaltecer o nosso concelho, as nossas gentes e o que de magnífico temos para oferecer.
A ambição pessoal é legítima, mas nunca à custa do prejuízo do nosso concelho, tal como se tem verificado de forma recorrente, através da ação mediática desta Associação. Desde a tentativa de apropriação e utilização indevida do Slogan “Esposende um privilégio da natureza”, à imputação de responsabilidades ao Município de manutenção de vias que não são da nossa responsabilidade, à confusão lançada no que respeita ao prato típico de Esposende, à criação de inquéritos influenciados negativamente, como é o caso do das obras de arte, entre muitas outras situações.
Perante estes condenáveis comportamentos, o Município não reconhece a esta associação e aos seus responsáveis qualquer legitimidade para representar os cidadãos de Esposende. Felizmente, não precisam, nem nunca precisarão, os Munícipes de Esposende de qualquer tipo de interlocutor ou intermediário para recorrer aos serviços do Município ou para dar nota das suas preocupações. Fomos por eles eleitos, temos rosto e estamos, como sempre estivemos, disponíveis para responder aos seus anseios.
É obrigação de todos centrar esforços na resolução dos problemas das pessoas através de uma discussão séria e responsável sobre o futuro da nossa comunidade e do futuro do concelho de Esposende.
A confiança que as pessoas do nosso concelho depositaram em nós não será defraudada, pelo que prosseguiremos de forma intransigente o caminho da defesa dos seus interesses.

O Presidente da Câmara Municipal de Esposende
Benjamim Pereira