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Homenagem ao Cónego Manuel Rodrigues de Azevedo arrancou em Forjães

09 Fevereiro 2015

O lançamento do Livro «Cónego Manuel Rodrigues de Azevedo: no centenário do seu nascimento», da autoria de Gil de Azevedo Abreu, assinalou o início, no passado dia 7 de fevereiro, da homenagem a este ilustre Esposendense, que se notabilizou no panorama litúrgico e musical no concelho.

O lançamento do Livro \"Cónego Manuel Rodrigues de Azevedo: no centenário do seu nascimento\", da autoria de Gil de Azevedo Abreu, assinalou o início, no passado dia 7 de fevereiro, da homenagem a este ilustre Esposendense, que se notabilizou no panorama litúrgico e musical no concelho.

O Município de Esposende, em colaboração com o Arciprestado de Esposende, a Paróquia de Forjães e a família do homenageado, programou um conjunto de iniciativas, no sentido de trazer à memória o trabalho e a obra do Cónego Manuel Rodrigues de Azevedo, natural de Forjães, que foi calendarista do rito bracarense, liturgista, mestre-de-cerimónias da Sé Catedral e compositor musical. Além da edição deste livro, o programa inclui um concerto pelo Coro de Pequenos Cantores de Esposende, no próximo dia 13, às 21h30, na Igreja Matriz de Esposende, e uma Missa Solene, no dia 15, às 10h30, na Igreja Paroquial de Forjães, Presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga.

A sessão de apresentação do livro \"Cónego Manuel Rodrigues de Azevedo: no centenário do seu nascimento\" decorreu no Salão Paroquial de Forjães e iniciou com um momento musical, pela Orquestra de Cordas e Ensemble Vocal, da Escola de Música de Esposende, seguido da apresentação de um filme biográfico do homenageado.

Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal assinalou que o Cónego Azevedo “era um homem de talento e de inteligência, um homem multifacetado que se evidenciou em várias áreas, sendo merecedor desta homenagem”. Agradeceu a Gil de Azevedo Abreu o seu trabalho de pesquisa, materializado na edição de um livro que dá a conhecer o Cónego e a sua obra. Afirmou que esta homenagem pretende recordar esta personalidade, salientando que deve, sobretudo, “servir de inspiração para os jovens”.

Afirmando que Esposende é um “concelho rico” nas mais diversas áreas, Benjamim Pereira sublinhou que o Município, ao longo dos anos, tem vindo a cumprir o seu papel de divulgação e da salvaguarda do passado, notando que “estamos apenas a cumprir a nossa obrigação”. A título de exemplo, e lembrando uma vez mais que, este ano, o orçamento municipal para a cultura foi reforçado em 30%, enumerou algumas das mais recentes edições publicadas pela Câmara Municipal, anunciou que está para breve a publicação de um livro sobre os trinta anos das escavações em S. Lourenço e disse que está em curso um levantamento do património material e imaterial do concelho e em perspetiva uma recolha sobre os moinhos de vento do concelho. Revelou ainda que vai ser implementado um plano de incentivo ao teatro, com o intuito de reavivar esta forma de arte no concelho.

Benjamim Pereira afirmou um posicionamento de “apoio permanente” no plano cultural, respondendo, deste modo, ao repto lançado pelo Cónego António da Costa Neiva, orador na sessão, para a preservação da memória das personalidades e da História do concelho.

O Pároco de Forjães, Padre Manuel Ledo, usou da palavra para enaltecer as qualidades humanas do Cónego, que foi seu professor no Seminário, dizendo que “como homem, cristão e sacerdote é sempre um exemplo a seguir”. Afirmou que “a homenagem é mais do que merecida” e saudou Gil Azevedo Abreu pelo livro.

Elisa Lessa, do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, falou do Cónego Manuel Rodrigues Azevedo enquanto compositor musical, recordando uma personalidade com “alma de artista” e uma pessoa com sentido de humor. Destacou a qualidade da sua obra, traduzida numa simbiose entre fé, liturgia e arte sacra. Por sua vez, o Cónego António da Costa Neiva, debruçou-se sobre a vertente litúrgica do homenageado.

A apresentação do livro e do autor esteve a cargo do historiador e investigador Ernesto Português. Sobre a homenagem referiu que “é um ato de justíssima homenagem”, acrescentando que se trata de um ato de gratidão da família, do Arciprestado e da Câmara Municipal, “num tempo em que a gratidão tem memória curta”.

Gil de Azevedo Abreu, sobrinho e afilhado do homenageado, referiu que, atendendo à riqueza humana e à obra musical do Cónego Azevedo, desenvolveu um aturado trabalho de pesquisa e recolha de informação para esta publicação. Agradeceu, na pessoa do Presidente Benjamim Pereira, à Câmara Municipal o apoio prestado com vista à homenagem, que terá mais dois momentos, já no próximo fim de semana.